Poeira Cósmica
Paulo Rodrigues Novaes.
Três lagoas, MS, 04 de agosto de 2024
Agosto, o a paisagem se denuda,
cores vivas que o sol transmuda;
o vento sopra folhas, muito além.
estações da vida neste vai e vêm;
A vegetação esturricada,
se perde na queimada,
que, o vento, sopra às chamas
as quais são adamas
No ar quase não há umidade
nessa fenomenal diversidade
a terra chora, sem vida
no meu peito busca guarida...
Nos galhos secos há cantos,
que mais parecem prantos;
todo pássaro está aflito,
caçando migalhas no infinito.
Na estrada silente e deserta
aonde a natureza me acerca,
a floresta que me deixa sensível
nesse vento dispersível...
É um balé sem graça,
que faz esta fumaça,
no céu matizado
o mundo está empoeirado.
Triste recordação se lança,
fazendo parte dessa dança;
sentimento desolado
de um poeta sufocado...
Fico da cor de cobre.
com meu coração nobre.
cada raio que me transfigura.
pois de tudo sou uma mistura.
Sou poeira cósmica constante,
e estou aqui por um instante,
tira o que não me convence
e leva o que não me pertence...
Artigo Dr. Paulo Rodrigues Novaes Advogado e Poeta.