Segunda-feira, 21 out 2024
 
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Tanque de Guerra é transferido para a Praça José Yarid

Andradina - A Praça José Yarid, popularmente conhecida como a Praça do “Tiro de Guerra”  recebeu uma viatura blindada de combate, modelo M-41. A viatura vinda de Campo Grande (MS) doada pelo Exército Brasileiro estava há muito tempo na sede do TG no bairro pereira Jordão, longe dos olhos do público e sofrendo as ações do tempo.

O veículo foi totalmente restaurado pelo Governo de Andradina e está em exposição na praça localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade, a Avenida Bandeirantes, há poucos metros da sede antiga do Tiro de Guerra. A praça José Yarid também abriga o memorial do artista plástico andradinense Adélio Sarro. A recomendação, para a segurança das pessoas e para manter o tanque preservado, é que não se deve subir no veículo.  
 
Curiosidade

O modelo, produzido pelos Estados Unidos na primeira metade do século passado, foi importado pelo Brasil a partir da década de 1970. Aqui, passou por uma série de modernizações, foi potencializado e recebeu canhão com maior calibre. O blindado pertencia à Cavalaria do Exército Brasileiro.

Com o surgimento de modelos mais avançados, segundo o Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, o País começou a comprar dos americanos a Viatura Blindada de Combate M-60. Nos anos 2000, o País optou em passar a adquirir dos alemães o modelo Leopard. Após a troca de toda a frota nos quartéis brasileiros, o M-41 deixou de ser usado efetivamente.
 
Tiro de Guerra

Em Andradina, a viatura está intimamente ligada à presença do Tiro de Guerra na cidade, um dos 74 do Estado em funcionamento. A história dos TG não é recente. Ela começa no Brasil no ano de 1896, quando foi construída uma linha de tiro ao alvo nos fundos do Palácio Guanaraba, no Rio de Janeiro, até então sede do Governo Federal.

A finalidade era treinar tropas para a Guerra de Canudos. Logo depois, em 1899, um relatório do Ministério da Guerra revelou que o índice de acertos em alvos a uma curta distância pela tropa federal era muito baixo, o que instigou a criação do Tiro Nacional para treinar o uso de armas portáteis aos oficiais e civis. Já em 1902, o farmacêutico Antonio Carlos Lopes fundou na cidade de Rio Grande (RS) a Sociedade de Propaganda do Tiro Brasileiro. Inspirado no modelo suíço, a organização visava treinar civis para uma possível convocação militar para auxiliar na defesa do País.

Quatro anos depois, em 1906, é criada a Confederação do Tiro Brasileiro pelo Marechal Hermes da Fonseca que reunia as propostas do governo e de Antônio Carlos Lopes. Em 1916, impulsionados pelo discurso de Olavo Bilac em relação ao serviço militar obrigatório, a organização firmou parceria com as administrações municipais para a atuação do serviço formador de reservistas.