Terça-feira, 3 dez 2024
 
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Chocolate com Pimenta - Márcia Canevari

Sem retirar balas alojadas, Cid Gomes recebe alta

Senador licenciado teve alta, mas não chegou a retirar as balas. Cid foi baleado em Sobral, seu berço político. O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) recebeu alta na manhã de domingo (23). Ele estava internado desde quarta-feira (19) após receber dois tiros quando tentou entrar em um batalhão tomado por policiais militares em Sobral (a 270 km de Fortaleza), seu berço político, dirigindo uma retroescavadeira.

Bolsonaro diz não ter habilitação para dirigir retroescavadeira

As declarações foram feitas durante transmissão ao vivo pela internet em uma rede social. O presidente Jair Bolsonaro criticou indiretamente o senador Cid Gomes (PDT), baleado ao investir com uma retroescavadeira contra um quartel tomado por policiais militares amotinados no Ceará, e disse não ter habilitação para dirigir o veículo.

Maia dita ritmo e já indica 2020 com parlamentarismo branco fortalecido na Câmara

Em apenas duas semanas, presidente da Câmara mostra que manterá protagonismo sobre pauta econômica. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), iniciou o segundo ano legislativo sem dar trégua para o governo Jair Bolsonaro, demonstrando que a toada de 2020 deve ser de fortalecimento do parlamentarismo branco que marcou o ano passado.

Em apenas duas semanas de atividades

O deputado mostrou que manterá o protagonismo sobre a pauta econômica, capitaneando as discussões sobre as reformas tributária e administrativa. Maia também vem deixando claro que tem poder para dificultar a vida do governo em algumas situações.

É o caso da desavença

Com o ministro Abraham Weintraub (Educação), que resultou na perda de validade da medida provisória que trata da carteirinha digital estudantil, com a qual o governo gastou R$ 2,5 milhões em publicidade. As alfinetadas de Maia ao governo começaram já no discurso durante a sessão solene de abertura dos trabalhos.

Maia frisou a independência do Parlamento

"O Congresso está passando a ocupar um lugar que é seu por direito, como epicentro do debate e da negociação", disse o deputado. O presidente da Câmara também reafirmou a importância do Orçamento impositivo, mudança constitucional aprovada em 2019 que engessou o poder do Executivo sobre os gastos do governo.

Traição e chantagem

"Pela primeira vez, temos um instrumento que garante que as decisões do Congresso nortearão de fato o emprego dos recursos públicos", afirmou o parlamentar. No Planalto, a avaliação é a de que Bolsonaro ensaiou uma aproximação com Maia.

Um desses acenos

Foi a decisão de colocar Rogério Marinho, ex-secretário especial de Previdência e Trabalho, à frente do Ministério do Desenvolvimento Regional. Mas a movimentação pode ter perdido força com a nomeação de mais um militar sem traquejo político para um posto de articulação no Planalto, como é a Casa Civil.

A escolha do general do Exército

Walter Braga Netto incomodou os parlamentares, que estão ameaçando travar pautas de interesse do governo como retaliação. Para eles, a sinalização que o governo passa é que "nenhum político presta". Em resposta, eles cogitam bloquear as propostas do Planalto para lembrar que o Executivo necessariamente precisa do Legislativo para governar.

Além disso

A pauta econômica, a que mais avançou no ano passado e que tem dois pilares importantes a serem votados neste ano (as reformas tributária e administrativa), deve ficar prejudicada em razão das declarações controversas do ministro Paulo Guedes (Economia) na última semana.

Em sete dias

O ministro conseguiu provocar reações inflamadas ao chamar funcionários públicos de parasitas e ao dizer que o dólar alto é bom porque "[era] todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada". Depois do desgaste, dizem os parlamentares, a chance de uma reforma administrativa ser aprovada só existe se o texto for costurado por Maia.

O presidente da Câmara

Vem demonstrando irritação com a imobilidade do governo em relação às duas reformas. "Não tenho culpa se o governo ainda não mandou a reforma administrativa", disse em 30 de janeiro, quando questionado sobre as prioridades deste ano.

Na quarta-feira (12)

Ele voltou a ironizar o Executivo. Quando uma repórter o indagou sobre o prometido envio pelo governo das regras do funcionalismo público, respondeu: "Disse que ia, né? Estamos aguardando".

Se, por enquanto

Não se pode falar em derrotas concretas do governo na Câmara, um dos movimentos de Maia denota a força que o presidente da Casa assumiu diante do Executivo. Ao lidar com as regras da quarentena para possíveis infectados pelo coronavírus, Maia convenceu o governo a enviar um projeto de lei.

O deputado argumentou

Que seria mais rápido e mais seguro do que uma medida provisória. O pano de fundo da decisão, porém, é que Maia é um notório crítico do uso das MPs, vistas pelos parlamentares como um mecanismo do Planalto para passar por cima do Legislativo. O presidente da Câmara também vem distribuindo patadas pela Esplanada nas primeiras semanas do ano.

O alvo preferencial é o ministro da Educação

Com quem Maia está irritado desde que Weintraub demitiu, sem qualquer comunicação prévia, o presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Rodrigo Sérgio Dias, exonerado em dezembro, era indicado do presidente da Câmara –que, segundo aliados, só foi avisado por meio do Diário Oficial.

Desde então

Maia já declarou que Weintraub atrapalha o país, que representa a "bandeira do ódio" e que o fato de ele ser ministro demonstra uma falha de construção. "Nosso país não tem futuro, né? Não tem futuro. Parece um passado ruim, porque conseguiu fazer de um cara desse o ministro da Educação... Que construção que nós tivemos", afirmou.

O ministro já teve sua primeira mostra

De que ter a força de Maia no Parlamento trabalhando contra si dificulta a vida. Os deputados deixaram caducar a medida provisória que mudava a carteirinha estudantil. O texto perdeu a validade neste domingo (15), sem nem sequer ter sido instalada a comissão especial, primeira fase para a análise de uma MP.

Na avaliação do Legislativo

O tema poderia ser tratado por um decreto do Executivo, e não haveria a necessidade de uma lei para regulamentar o assunto. Na mira do presidente da Câmara também está o recém-enviado projeto que autoriza mineração e geração de energia elétrica em terras indígenas.

Para a atividade de garimpo

As comunidades indígenas terão poder de veto. Para a exploração energética, como a construção de hidrelétricas ou termoelétricas, elas serão apenas consultadas previamente. Maia criou uma comissão especial para analisar o texto, o que permitirá que controle o cronograma de apreciação da matéria.

Em novembro

Quando Bolsonaro falou que enviaria o projeto, o presidente da Câmara afirmou que arquivaria a proposta e disse que não é porque existe garimpo ilegal que "a gente vai tratar de legalizar o garimpo". Maia vem se consolidando como um primeiro-ministro informal desde 2019, segundo seus pares no Congresso. O deputado foi o principal responsável pela articulação política da reforma da Previdência, a grande vitória da gestão Bolsonaro em seu primeiro ano.

Bandeira

Presidente da Câmara assumiu protagonismo desde a votação e aprovação da reforma da Previdência, cara à gestão Bolsonaro.

Anteparo

Maia criticou integrantes do governo por medidas que considerou antidemocráticas e autoritárias, o que causou desgastes com o presidente.

Rusga

Demissão de indicado seu na Educação sem consulta prévia azedou de vez relação com ministro Abraham Weintraub.

Base

Deputados têm sinalizado apoio ao líder da Casa, sobretudo quando veem em gestos de Bolsonaro sinais de desprestígio ao meio político e de tentativa de descolamento do Congresso.

2020

Maia deixou clara a intenção de capitanear as discussões sobre as reformas tributária e administrativa, consideradas prioritárias pela equipe econômica.

OPINIÃO: João Carlos Moreno

Deixar caducar a MP da carteira de estudante grátis vai pesar muito contra o Sr. Maia. E a parte mais esclarecida da população vai tomar conhecimento das posições e decisões dele no intuito de atrapalhar o Governo e contra o País. Estamos de olho, Botafogo.

José Antônio do Carmo

Parlamentarismo branco ou de ocasião está aí desde 27 de outubro de 2014.

Angelo Gutierre Sampaio de Oliveira

Se tem uma coisa que é certa é que naquele congresso, com exceção de uns oito, nenhum político presta.

Marcello Campos

Maia é malandro: quer deixar o ônus político e eleitoral de todas essas reformas antipovo e antiestado (previdência, mp da liberdade econômica, administrativa, carteira verde e amarela, independência do Banco Central, privatizações, etc) nas costas do Bolsonaro enquanto ele (Maia) fica levando os bônus nos salões da Faria Lima. E o pior (ou melhor, sei lá) é que se o Bolsonaro refugar com essa agenda (que, aliás, nunca foi a dele e nem a que lhe elegeu), ainda corre o risco de sofrer um impeachment.

Eduardo Farias

Que instalem logo esse parlamentarismo e mandem embora a família de ineptos e problemáticos.

Wagner Castro

É evidente que o Brasil vive hoje um parlamentarismo "moreno", parafraseando Brizola. Até mesmo alguns empresários, financistas e políticos alinhados com o capitalismo primitivo, vulgo projeto liberal, desse governo, estão ultrajados com a forma fundamentalista, primária e tosca de Bolsonaro. O frenesi reacionário deu lugar ao descrédito generalizado dos agentes econômicos e políticos convencidos da estupidez eleitoral de milhões de sectários imbecilizados por clichês religiosos e patrióticos.

Jose Roberto Alferes Siqueira

Folha você não acha que o povo quer ser governado pelo Maia e o Alcolumbre, se liga , o mundo está dando voltas.

Elias Silva

Aproveitem e instalem o parlamentarismo em contraponto a esse desgoverno...

Helio Batini

Não tem jeito mesmo. Este congresso, em que mais de 90% estão sob suspeita de corrupção, não pode continuar a enfrentar o governo federal, fazendo de Bolsonaro, uma Rainha da Inglaterra! O que tem que ser feito urgentemente, é o que foi feito em El Salvador na semana passada, mas com um pouco mais de sabedoria, pois ele só obrigou a cambada votar. Mas no nosso caso, teríamos que ir um pouco mais longe, que seria o fechamento do congresso como um todo e convocação de novas eleições.

Rafael Gallina Delatorre

Parece estarmos caminhando para um sistema parlamentarista.

Odete Borges

À medida que ele promove, lidera, acelera "reformas" que expropriam somente os pobres, os trabalhadores, enquanto a cúpula mantém-se intocável, ele vai passando pano para o bozo. Ao final do caminho este "parlamentarismo branco" sairá mais sujo que pau de galinheiro. Em algumas pesquisas ele surge como o político mais rejeitado do país, cerca de 70%.

Sandro Oliveira de Carvalho

Não adianta se ocupar com a econômica se os radicais avançam na agenda de moral, cultura e costumes. Com o apoio dos evangélicos, de reacionários e conservadores, Bolsonaro pode se transformar em um novo Hugo Chaves, e ele já esta trazendo as Forças Armadas para dentro do governo - o que pode desencadear a politização das mesmas e gerar uma nova ditadura com ou sem Bolsonaro. É tempo de unir católicos, protestantes históricos, liberais nos costumes, progressistas, etc., na defesa da democracia.

Nacib Hetti

Hoje já existe um parlamentarismo sem cor e sem forma. É o parlamentarismo cifrão.

Marcelo Seminaldo

Folha a expressão Parlamentarismo Branco” é racista. Assemelha a inveja branca, passando a ideia que branco ou branca é bom é negro ou negra é ruim.

Sandro Oliveira de Carvalho

Nem sempre o branco é usado no sentido positivo. Quando se fala de jornal 'Chapa branca', por exemplo, o sentido é negativo. Há também a expressão 'voto em branco', para designar o eleitor que se omitiu e não votou em ninguém. Existe uma abordagem do politicamente correto que defende que não se deve chamar pessoas com problemas para caminhar, por exemplo, de deficientes físicos, mas de 'pessoas fisicamente desafiadas'.

Alexandre Miquelino Levanteze

"Botafogo, botafogo foi eleito deputado federal desde 1999", tem bagagem e malandragem suficientes para enfiar Guedes, Weintraub, 01,03 e se marcar até o Bozo dentro da sua sacola, está de olho em 2022, de bobo não tem nada.

Clara Castilho Oliveira

Isso é papo de golpista. Isso mesmo. Demos o golpe no Jango, no Collor, na Dilma e agora o Bozo já passou da hora. No Jânio não. Ele deu golpe nele mesmo. Esse país é uma delícia.

Adonay Anthony Evans

Quem manda no Brasil de hoje, sem histrionismo nem chilique é o Maia-Alcolumbre. As reformas andaram e se andarem é por causa dele, isto é, do grupo que eles coordenam. O Congresso Brasileiro de 2019 está entre os dois ou três melhores da História, se não for o melhor. Guedes e seus miquinhos amestrados na Economia, até hoje não disseram a que vieram. Farto, Mansueto está saindo. O melhor de tudo, é assistir aqui, os comentários dos bolso-diabretes, se contorcendo numa espiral de enxofre.

Luiz Carlos Wilcke

Se alguém tinha duvida o fato concreto em si já desanuviou a duvida. Bolsonaro e só enfeite no Palácio do Planalto.

Frederico Firmo

Isto não é parlamentarismo branco, não há primeiro ministro, não há um parlamento. O que se tem é uma massa de parlamentares que além de se preocuparem com as próximas eleições, e ou estarem bem com o Executivo apenas assinam tudo que Guedes propõe, visto que é tudo que o Mercado deseja. A mídia fortalece Maia, pois também quer as reformas custe o que custar. Um parlamento deveria refletir a sociedade e não o mercado.

Mérope Bernacchi

Nunca simpatizei com o Rodrigo Maia, mas hoje tenho de reconhecer que o Brasil depende muito da atuação dele na Câmara para conter as sandices deste governo tresloucado.

Frederico Firmo

Maia forma com Guedes e Bolsonaro o tripé do governo. Bolsonaro gera o diversionismo que toma conta do ambiente político e dos debates (tem ajuda de seus ministros), Guedes propõe as reformas sempre dando margem para que Bolsonaro finja que não as quer, (por puras questões eleitorais) e Maia fingindo oposição ao governo usa a máquina do legislativo para satisfazer a sanha neo liberal de Guedes e do Mercado. Mas Bolsonaro pouco sabe sobre os objetivos políticos de Maia, que é candidatíssimo.

Marcus Machado

Não importa o título que se dê à atuação do presidente da Câmara Rodrigo Maia. Tudo o que ele fizer será creditado ao presidente Jair Bolsonaro. Quem fez a reforma da previdência? Governo Bolsonaro. Qualquer ato positivo do Legislativo será mérito do presidente. Mas se os atos forem negativos, a culpa será toda do Legislativo.

João Aris Kouyoumdjian

O Brasil perde e atrasa os avanços com a pauta trancada da câmara, presidida pelo "visionário" RM. Só não enxerga quem não quer. O que não depende da câmara está andando. Esse legislativo somente tem uma coisa na cabeça: seu futuro político. Oposição extrema ao presidente, que tem bons números e vai se candidatar à reeleição é uma "ameaça". Eu cobro daqueles parlamentares que foram eleitos para mudar a câmara e não o fazem. Só existe RM provocando. Ajudar os brasileiros, não, não e não.

Nelson Antonio Juncioni

Bolsonaro vem cercando o congresso há tempos, inflando de militares em postos chave. O objetivo dele é fechar o congresso quando sentir que tem o apoio incondicional dos militares. O argumento de Bolsonaro será que tudo de bom que ele tentou fazer pelo país foi barrado pelo congresso. Só não enxerga quem não quer.

Antenor Silva Neto

Esse Botafogo, como dizia o saudoso Boechat "Cara de Bufão", é um papel carbono usado do notório "Caranguejo" e o seu futuro é apodrecer na cadeia.

Joao Vianey Nogueira Martins

Só prende o Maia se ele fizer como o Delcídio: trocar o DEM pelo PT. Três meses e ele estará preso.

Bom dia, leitor!