Audiência Pública em Castilho debate violência contra a mulher com sensibilidade e propostas concretas
Castilho - Na noite de segunda-feira, 31 de março, a Câmara de Vereadores de Castilho sediou uma audiência pública marcante, que reuniu autoridades locais e a comunidade para debater a violência contra a mulher. A iniciativa do CONSEG (Conselho de Segurança Comunitário) foi um marco importante na luta contra essa chaga social.
A mesa de autoridades foi composta por nomes como o presidente da Câmara, João Paulo Araújo, o prefeito Paulo Boaventura, a presidente do CONSEG, Rosângela Maria Silva, o delegado Bruno Maia e o subtenente PM Anderson Estigarríbia. Após a execução dos hinos, eles deram boas-vindas e destacaram a importância do evento.
Em seguida, as mulheres foram convidadas a se juntar à mesa de trabalho, incluindo a primeira-dama Edileuza Boaventura, a segunda-dama Juliana, a vereadora Valéria Fávero, a secretária de Assistência Social Raquel Gregolin e a policial civil Flávia Novaes.
Rosângela Maria Silva, presidente do CONSEG, foi uma das principais vozes da noite, compartilhando seu testemunho pessoal como vítima de violência e relatando casos em que ajudou outras mulheres que passaram pela mesma situação. Ela destacou a importância da Lei Maria da Penha e forneceu exemplos de como essa violência contra a mulher ocorre.
Valéria Fávero, vereadora e ex-policial, apresentou uma retrospectiva dos últimos três anos de crimes contra a mulher em Castilho, registrados na delegacia local. As ameaças e agressões foram as maiores incidências, seguidas de calúnias e injúrias. Além disso, foram registrados também casos de estupros, bem como tentativas de homicídios.
Raquel Gregolin, secretária de Assistência Social, discorreu sobre o papel da Assistência do município em atender às mulheres vítimas de violência. Ela destacou a promoção de ações de conscientização, orientações para a conquista de trabalho e renda, o programa Cidade Acolhedora e o aluguel social. Essas são algumas das políticas públicas oferecidas por Castilho.
A audiência pública também contou com sugestões para enfrentar a violência contra a mulher. Uma participante sugeriu a criação de uma rede de apoio ao homem agressor, como psicólogos e outros profissionais que possam ajudá-lo a não cometer o crime novamente. Outra propôs que os cursos oferecidos pelo SEBRAE no município tivessem uma cota prioritária a essas mulheres vítimas. A primeira-dama Edileuza Boaventura sugeriu que o evento gerasse ações concretas e que o social andasse de mãos dadas com a sociedade.
O delegado Bruno Maia encerrou o evento falando das propostas que está estudando para implantar em Castilho. A Delegacia online da Mulher, com apoio da prefeitura seria uma delas. Ele pediu que a população desse um voto de confiança à Polícia Civil e Militar, denunciando os casos de violência. "Castilho não é lugar de valentões que batem em mulheres. Isso é inaceitável", afirmou.
Para o prefeito Paulo Boaventura, a audiência pública em Castilho foi um marco importante na luta contra a violência contra a mulher. Com propostas concretas e um compromisso de ação, a comunidade local deu um passo importante para criar um ambiente mais seguro e respeitoso para todas as mulheres.