Na próxima segunda é feriado de São Sebastião
Andradina - Na
próxima segunda-feira (20) é feriado municipal em Andradina, dedicado a São
Sebastião, padroeiro da cidade. A data vai deixar a semana mais curta onde
só funcionarão os serviços considerados essenciais na cidade.
A data passou a ser considerada feriado no município através de um projeto de
lei apresentado pelo então vereador Hermenegildo Gildão de Oliveira, que pensou
principalmente nas comemorações em homenagem ao Santo desde o início da fundação
da cidade, como a procissão de fiéis da paróquia de São Sebastião, que nesta
data também realizam missa e quermesse, reunindo os católicos em devoção e
solidariedade.
A vida de São Sebastião
É uma história impressionante a de São Sebastião (256-286),
no princípio do cristianismo, quando os registros históricos eram parcos e,
assim, as lendas sedimentadas com o passar dos séculos contribuíram para
consolidar um imaginário ainda mais milagroso.
Cristão que se tornou soldado com a ideia de ser uma espécie de agente-duplo,
ou seja, para ajudar outros cristãos condenados pelo Império Romano,
acredita-se que ele tenha sido desmascarado e martirizado — não uma, mas duas
vezes.
Acredita-se que populações se livraram de epidemias pelo menos três vezes
graças a intercessão dele e esse é o primeiro motivo de que ele se tornaria
padroeiro de Andradina, cuja região inexplorada era assolada por “febres
tropicais”, como a “Febre de Birigui”.
Sebastião foi "um dos muitos soldados romanos" que acabaram
"martirizados por sua fé em Jesus". Ele teria nascido no ano de
250 em Narbonne, cidade do império romano situada no atual sul da França. Ele
teria se alistado ao exército romano no ano de 283, quando vivia onde hoje é
MIlão. Ascendeu na carreira militar até se tornar capitão da guarda do
imperador, mas a "finalidade do ingresso no exército era justamente ajudar
os cristãos que vinham sendo aprisionados".
Ele trabalhava para auxiliar os perseguidos que estavam
presos. A fama de santidade de Sebastião começou a partir disso e ele se tornou
uma espécie de modelo de soldado cristão, com uma ética, uma moral verdadeira.
O imperador Diocleciano descobriu da fé de Sebastião e o condenou à morte.
Sua condenação teria sido morrer por flechadas. O imperador mandou que ele fosse
pendurado em um poste de madeira para ser torturado com flechadas um sofrimento
que que teve como carrasco seus companheiros de exército. São Sebastião
suportou várias flechadas em seu corpo sem renegar a fé. Quando todos pensaram
que ele estivesse morto, deixaram-no amarrado para ser devorado pelos animais e
aves de rapina.
Uma mulher cristã que depois também se tornaria santa acabou recolhendo seu
corpo com a finalidade de sepultá-lo, mas ela percebeu que ele ainda estava
vivo. Ela o levou para a casa e começou a cuidar dele, tratando as feridas.
E ele foi curado, uma cura considerada milagrosa. Sebastião foi então aconselhado por seus amigos a fugir de Roma, no entanto, ele decidiu procurar o imperador para reafirmar sua fé. Acabou condenado novamente, desta vez para ser açoitado até a morte, isso teria ocorrido em 20 de janeiro de 286, daí a data que passou a ser celebrada pelo cristianismo.