Saúde desenvolve coleta de preventivos no Outubro Rosa
Andradina - A
Secretaria Municipal de Andradina em parceria com o Hospital do Amor de
Barretos convidam todas a mulheres de 25 a 64 anos para o Outubro Rosa. O mês
está recheado de eventos para as Andradinenses e você não pode ficar de fora
desta. Segue o nosso cronograma:
A campanha do Outubro Rosa 2024 tem como objetivo motivar e instrumentalizar a
população e os profissionais de saúde para as ações de controle e o cuidado
integral relativos aos câncer de mama e do colo do útero, com foco na prevenção
e na detecção precoce.
O Outubro Rosa é um momento de mobilização social para
reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Essa
campanha vem sendo considerada uma oportunidade para ampliar a abordagem da
saúde da mulher e a prevenção do câncer, de forma mais ampla, incluindo também
o câncer do colo do útero.
Câncer de mama
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as
mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a
redução da incidência e da mortalidade por essa neoplasia. A população deve ser
informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua
saúde.
A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco
modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A prática de
atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma
alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas
à redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é
considerada um fator protetor.
O diagnóstico precoce consiste na abordagem oportuna das mulheres com sinais e
sintomas suspeitos de câncer para identificação da doença em fase inicial, a fim
de possibilitar tratamento efetivo e maior sobrevida. É importante informar as
mulheres e os profissionais de saúde sobre o reconhecimento dos sinais e
sintomas do câncer de mama, bem como organizar a rede de atenção à saúde para
garantir o acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento da doença.
A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas
sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca
de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica,
valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento
mamográfico. Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres
de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada
dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter
sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina
adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do
câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta
estratégia na redução da mortalidade neste grupo.
Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, recomenda-se que tenham
acompanhamento médico individualizado, pois não há ainda uma recomendação
específica para esse grupo.
É importante que as mulheres estejam
sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:
Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de
80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. A
maior parte dos casos regride espontaneamente. Quando isso não ocorre, pode
ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se identificadas e
tratadas adequadamente, possibilita prevenir a progressão para câncer.
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra
os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas
genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de
câncer do colo do útero.
A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e
14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida
sexual.
A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com
HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de
desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Também estão incluídas
as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual,
devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também
as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).
A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame
citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três
anos.