Quarta-feira, 24 abril 2024
 
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Justiça brasileira é cara e não funciona como deveria

Antonio Tuccilio, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)

Já virou rotina ler depoimentos de desprezo da Justiça brasileira por uma importante parcela da população. O pior é que, infelizmente, quem está no comando do Judiciário faz por merecer a crítica. Mas, como defender uma instituição que deixa corruptos e traficantes à solta?

Os problemas não param aí. Além de ser falha e muitas vezes prestar um serviço de baixa qualidade, Justiça brasileira é uma das mais caras do mundo. Nos últimos 30 anos, os magistrados brasileiros se transformaram em uma classe extremamente onerosa, com privilégios e benesses cada vez mais extravagantes. Além disso, a Justiça devora consideráveis recursos financeiros, muitas vezes garantidos sem nenhum controle.

Segundo os números disponíveis, a Justiça brasileira gastou mais de R$ 100 bilhões em 2020. Isso é o dobro do auxílio emergencial que será pago em 2022. São 433 mil funcionários e quase 18 mil juízes. Sabia que o custo do Judiciário equivale a quase 1,3% do PIB?

Isso significa que o Brasil gasta três vezes mais que a Alemanha, o país com o melhor sistema Judiciário da Europa.

Se isso não bastasse, a Justiça vai gastar R$ 3 bilhões na reforma dos seus prédios e na construção de novos. Parece que Suas Excelências não cabem nos atuais.

Todos os dias temos uma surpresa no Brasil. Prestar péssimos serviços à população e gastar o dinheiro do povo são sempre recompensados.

Nota da Redação: Os artigos publicados neste espaço “Opinião” são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do “Jornal Folha Regional de Andradina” e nem de sua direção.