São Paulo cria o Bolsa do Povo com investimento social de R$ 1 bilhão para 2021
O anúncio prevê unificação dos programas sociais estaduais com ampliações dos valores e da população atendida; benefícios podem chegar a R$ 500 por pessoa
São Paulo - O
Governador João Doria anunciou na quarta-feira (7) o Bolsa do Povo, que
unificará os programas sociais de São Paulo em um cadastro único com aumento
dos valores pagos e ampliação da abrangência.
Maior programa social já anunciado pelo Governo de SP, o
Bolsa do Povo vai pagar benefícios de até R$ 500 e poderá beneficiar até 500
mil pessoas direta e indiretamente nos 645 municípios. O Estado de SP prevê um
investimento de R$ 1 bilhão no programa, apenas no ano de 2021, como medida de
enfrentamento à vulnerabilidade socioeconômica causada pela pandemia.
"O Bolsa do Povo é o maior programa social da história de São Paulo. Ao
lado do enfrentamento da pandemia, da preservação da vida, da obediência à
ciência, estamos também acompanhando o crescimento acelerado da pobreza, da
vulnerabilidade, em São Paulo e no Brasil. Um Governo responsável segue dando
atenção à saúde e à vida, mas também à proteção social", destacou Doria.
O projeto de lei que institui o Bolsa do Povo será enviado hoje à Assembleia
Legislativa, em regime de urgência, para que as ações de assistência social e
transferência de renda ajudem no combate às dificuldades emergenciais causadas
pela pandemia.
"Num momento de pandemia, em que todos sofrem também do ponto de vista
econômico, o Governo de SP amplia os seus programas sociais e os unifica
através do Bolsa do Povo. Nós estamos ampliando os valores investidos nos
programas sociais para R$ 1 bilhão já em 2021", pontuou o Vice-Governador
Rodrigo Garcia.
O Bolsa do Povo vai reunir programas sociais estaduais já existentes,
abrangendo sete eixos diferentes. São eles: Bolsa Trabalho (Emprego), Bolsa
Renda Cidadã (Assistência Social), Bolsa Aluguel Social (Habitação), Bolsa
Talento Esportivo (Incentivo), Bolsa Auxílio Via Rápida (Qualificação Profissional),
Ação Jovem e contratação de mães e pais nas escolas (Educação), além da
contratação de agentes de apoio na Saúde.
Um dos carros-chefes do Bolsa do Povo é a contratação de 20 mil pais e mães de
alunos das escolas públicas para trabalhar em jornadas de até quatro horas
diárias, junto com capacitação, e uma remuneração de R$ 500/mês dentro do
sistema de ensino estadual. O objetivo é criar oportunidade de trabalho e renda
com envolvimento da comunidade na manutenção e administração das escolas.
Com a aprovação do Bolsa do Povo, o Governo de SP irá ainda ampliar os valores
dos benefícios atuais de dois programas já existentes, passando de R$ 80 para
R$ 100. O aumento será para o Ação Jovem, voltado para estudantes de 15 a 24
anos para que permaneçam nos estudos, e o Renda Cidadã, que atende pessoas de
baixa renda.
Ações futuras
O Bolsa do Povo terá a gestão unificada na Secretaria de Governo. O Governo
estuda a ampliação de outros valores e criação de novas ações que atendam as
demandas emergenciais da população de baixa renda.
Foto: Governo de São Paulo.