Paralisação divide-se entre prefeitura e departamentos
Muitos servidores que aderiram à manifestação preferiram praticar a “greve branca”, permanecendo parados em seus setores.
Castilho - A paralisação dos servidores se concretizou na manhã de sexta-feira, mas o Sindicato da categoria não conseguiu precisar o número de funcionários que aderiram à manifestação.
Outro detalhe é que muitos preferiram manter-se longe da manifestação central localizada na praça da Matriz, defronte à prefeitura, mas permaneceram parados defronte aos seus respectivos setores praticando a chamada “greve branca”.
No almoxarifado, terra e uma máquina foram colocadas defronte ao portão principal para impedir a saída de veículos do pátio. Um monte de terra depositado em frente ao portão de acesso ao setor de Transporte Escolar também impediu o transporte de alunos da rede municipal e estadual de ensino, esvaziando salas de aula.
Apesar da paralisação, os servidores bateram seus cartões normalmente.
O prefeito municipal – que participava de uma reunião do CAMPRU, não havia retornado ao município para falar sobre a paralisação ou reunir-se com os representantes do Sindicato até o fechamento desta edição.
Esta é a primeira paralisação de vulto entre o funcionalismo público castilhense, o que mobilizou a imprensa da região para comparecer ao local e registrar a movimentação. Por medida de segurança, a polícia militar foi acionada para manter a ordem, mas nenhuma ocorrência foi registrada.
No período da tarde, a procuradoria jurídica da prefeitura tentava provar na Justiça que a greve é inconstitucional por desrespeitar as normas que garantem estes direitos. Entre tais regras, está a exigência de notificação prévia à prefeitura sobre a intenção de greve 48 horas antes da paralisação.
A regulamentação da greve tem o objetivo de evitar que serviços essenciais sejam afetados, prejudicando a população. Outro objetivo dos advogados era obter uma ordem para que os portões do transporte escolar e do almoxarifado fossem reabertos.
A prefeitura também contesta as reivindicações feitas pelos mesmos e afirma taxativamente que o prefeito não se recusou a reunir-se com o Sindicato. “O prefeito realmente reuniu-se com assentados enquanto representantes do Sindicato aguardavam a chegada de seu advogado. Como este não chegou até a hora máxima esperada pelo prefeito, os sindicalistas preferiram adiar o encontro”, afirmou um dos procuradores jurídicos da prefeitura que garantiu ter provas desta declaração.
Caso a paralisação seja considerada inconstitucional pela Justiça, aqueles que aderiram a ela poderão ter seu dia de trabalho cortado e o Sindicato poderá ser multado por cada dia de greve.
Até o fechamento desta edição, não foi possível apurar se o prefeito conseguiu chegar a tempo para reunir-se com os sindicalistas e tampouco se a Justiça havia declarado a greve ilegal.
Nesta terça-feira, o Sindicato anunciou que seria deflagrada a greve. Manifestantes continuam na porta da Prefeitura Municipal buscando entendimento.