Domingo, 28 abril 2024
 
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Justiça impede coleta de lixo pela Constroeste em sete cidades

(Foto: Arquivo Folha Regional)

São José do Rio Preto – O Ministério do Trabalho divulgou na manhã desta quarta-feira (22) um decreto que interdita a coleta de lixo em sete cidades da região noroeste paulista. Foram atingidas por essa determinação as cidades de São José do Rio Preto (SP), Mirassol (SP), Guapiaçu (SP), Nova Granada (SP), Bady Bassitt (SP), Monte Aprazível (SP) e Neves Paulista (SP).

Durante a madrugada os fiscais do Ministério do Trabalho foram até a sede da empresa em São José do Rio Preto e impediram a saída dos coletores para trabalhar.

A decisão foi tomada por causa de supostas irregularidades em relação à segurança dos funcionários da empresa que faz a coleta nessas cidades. Será analisada a forma de trabalho e as condições que cada colaborador está sujeito durante as atividades. Durante inspeções a fiscalização constatou irregularidades no manuseio e do contato direto com o lixo, o que é considerado em potencial um agente causador de doenças.

A coleta do lixo será suspensa durante toda esta quarta-feira (22) em bairros onde a coleta esta programada nas cidades onde a determinação foi aplicada. A Constroeste, empresa responsável pela coleta seletiva nos bairros deve se manifestar para comentar o assunto.

Denúncias

A Constroeste de Andradina foi denunciada pelo Conselho Municipal de Saúde devido a práticas ilegais dentro da conduta de preservação ao meio ambiente. A coleta que deveria ser seletiva, na maioria estava enterrando o lixo indevidamente, sem sequer abrir os sacos; chorume escorrendo para o manancial ali existente; valas com tamanho maior do que o permitido por lei e ainda, os catadores andam em pé nos estribos dos caminhões, colocando a vida em risco.

As denúncias foram entregues com fotos comprobatórias ao Ministério Público, Cetesb, Secretaria do Meio Ambiente, Tribunal de Contas, Câmara Municipal de Andradina e Prefeitura Municipal. No entanto, a Constroeste continua atuando normalmente na cidade, recebe mais de R$ 5,5 milhões por ano, pois ao que parece nenhuma medida foi tomada e estranhamente o Conselho Municipal de Saúde também abandonou as denúncias.