Sexta-feira, 19 abril 2024
 
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Chocolate com Pimenta - Márcia Canevari

Paulo Emendabili Souza Barros de Carvalhosa

No artigo "Olhando para o lado errado”, Carvalhosa prevê que o presidente Jair Bolsonaro será traído por um dos seus aliados.

Não costumo concatenar dois posts seqüenciais

Hoje, madrugada de um sábado, o faço em virtude dos acontecimentos de ontem, a respeito da divulgação, de parte do presidente da República, de um texto no qual afirma e se confirma algo velho, bem conhecido, aquele de grupos organizados, corporativos, que tem acesso privilegiado e antecipado sobre o orçamento da União, para dele tirar proveito, por meio de conchavos políticos.

Em suma

O patrimonialismo público de parte de corporações privadas, usando para isto membros eleitos pelo voto popular, colocados nos partidos políticos por estes mesmos grupos corporativos, para sangrar o Estado e as riquezas da Nação, em proveito próprio, desgraçando o Povo.

Contudo

Não foi isto que me assustou, nem mesmo o pronunciamento posterior do general Rêgo Barros, atribuindo ao presidente Bolsonaro nota de seu próprio punho, a adoçar a pílula amarga lançada pelo presidente da República que, no início de seu post, memora o 6 de setembro de 2018, quando esfaqueado por Adélio, dizendo que quando em agonia, teve uma premonição, informando aos seguranças que aquela era a última vez que se exporia ao público.

O tom me remeteu

Imediatamente a 1961, sobretudo quando Jânio Quadros, que nunca explicou de público as razões de sua renúncia, certa vez disse que era jovem demais para morrer, sugerindo que seria assassinado se continuasse no cargo.

À memória

Também me veio o fato que tempos antes da renúncia, a oposição à Jânio, no Congresso Nacional, não encontrando nele um ponto de ataque, inventou que a esposa, Dona Eloá, teria desviado recursos da Legião Brasileira de Assistência, que presidia, ameaçando convocá-la para depor e prestar esclarecimentos, o que enfureceu Jânio.

Jânio também tentou uma profunda reforma institucional

"No dia da reunião dos governadores, o presidente da República manifestou-me a sua profunda inquietação com as dificuldades de funcionamento do regime: pouco ou nulo rendimento do Congresso, a desagregação sensível dos partidos, o esvaziamento da vida pública, o não entendimento de suas solicitações por reformas profundas que carece para governar”.

O texto

É do então o ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, apontando que o presidente, muito inquieto, poderia chegar à renúncia caso não obtivesse do Congresso as medidas necessárias ao cumprimento do seu programa de governo.

Jânio

E por diversas vezes, afirmara para quem quisesse ouvir, que o País, do jeito que estava, era ingovernável, exatamente como agora Bolsonaro disse. Segundo Horta, Jânio lhe confidenciara: "... consideramos necessário preparar o país para uma reforma institucional na qual o Congresso, já que desejava recesso remunerado, fique realmente em recesso remunerado. Para isto, precisamos do apoio de alguns governadores de Estado, a começar pelo seu. O governador de São Paulo ainda não está maduro para esta conversa, mas depois conversaremos com ele, após uma preliminar que por alto já procurei fazer".

Logo após ser eleito

Jânio partiu em viagem para a Europa, deixando a cargo de Horta a composição do ministério, inclusive para as pastas militares.

Pedroso Horta

Da UDN, ouviu de seu colega de partido, o jornalista Carlos Lacerda, já governador da Guanabara (que viria a se tornar o pior inimigo de Jânio Quadros, após este, como presidente da República, num jantar no Alvorada, lhe negar dinheiro para pagar as dívidas do seu jornal), a sugestão de escolher para ministro da Guerra, hoje, da Defesa, o marechal Odílio Denys, um homem duro, frio, cerebrino, objetivo.

Paulo Guedes e Onix Lorenzoni

Prometem para julho a votação vitoriosa da reforma da Previdência. Para muitos, dentro do Congresso Nacional, e em certos tribunais superiores, isto não pode acontecer, pela simples razão que em seguida viria a reforma tributária, e com esta a reforma política, e por fim, a institucional.

Bolsonaro não renunciará

Não é de seu perfil, nem mesmo caráter e temperamento. Os poucos que me leem guardem este post, por favor, pois que gostaria de estar errado, mas não creio.

Conspirações sórdidas permeiam esta República podrev Desde o seu nascedouro bastardo. Ambições desmesuradas e cegueiras pelo lustro dos cargos executivos se misturam com temores de perda de prestígio, de poder, e de “receitas”, tal como ocorreu em 1961.

Naquela oportunidade

Naquele fatídico agosto, Pedroso Horta, em conversa privada, depois que Jânio mandou seu mordomo colocar as malas de Lacerda para fora do Alvorada, à meia-noite, tendo lhe recusado dinheiro para o seu jornal, disse ao ressentido governador da Guanabara: “O Jânio acha que é impossível governar com o Congresso e pretende fazer uma reforma na Constituição que reforce o Poder Executivo”.

Foi o gancho que Lacerda esperava para se vingar

Sendo que na noite do dia 24 de agosto proferiu violento discurso pela televisão, afirmando que fora convidado por Pedroso Horta para participar de um golpe de Estado em apoio às reformas institucionais pretendidas pelo presidente Jânio Quadros.

Pior:

Lacerda no discurso televisivo transmitido ao vivo, sem cortes, acusou o governo federal de tentar obter o seu apoio para convencer o ministro da Aeronáutica a participar também, visto que os titulares das pastas do Exército e da Marinha concordavam com o golpe.

Dia seguinte

25 de agosto, Dia do Soldado, pela manhã, após ler as denúncias de Lacerda no Correio Braziliense, Jânio chamou Quintanilha Ribeiro e manifestou a decisão de renunciar. Já no Palácio do Planalto, reuniu-se com o general Pedro Geraldo de Almeida, que o informou que estava sendo preparado um manifesto de civis e militares em repúdio à política externa do governo, além de uma devolução coletiva de medalhas de oficiais superiores em protesto contra a condecoração de Che Guevara.

Jânio respondeu ao general Almeida:

“A conspiração está em marcha, mas vergar eu não vergo.” Senhor do seu dever, como comandante em chefe, compareceu às oito horas da manhã à cerimônia em homenagem ao Dia do Soldado.

De volta ao Planalto

Informou a Pedroso Horta, Quintanilha Ribeiro, José Aparecido de Oliveira, amicíssimo de meu padrasto, então o maior jornalista do País, Maurício Loureiro Gama, que soube da renúncia antes dela acontecer, e ao general Pedro Geraldo de Almeida, a sua decisão de renunciar em caráter irrevogável.

Jânio não permitiu nenhuma ponderação

Acorrendo para o gabinete os ministros militares, ouvindo sem esboçar reação os pedidos para que recuasse da decisão. Às 10:25h, Jânio ordenou que o ministro da Justiça levasse o documento de renúncia ao Congresso Nacional às 15 horas se comunicasse com os governadores, a fim de garantirem a manutenção da ordem em todo o País.

A mensagem ao Congresso dizia:

“Nesta data, e por este instrumento, deixando com o ministro da Justiça as razões de meu ato, renuncio ao mandato de presidente da República. Brasília, 25 de agosto de 1961.”

No anexo à mensagem, explicava seu gesto ao Povo:

“Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, neste sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou difamam, até com a desculpa da colaboração.

Se permanecesse

Não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade”. É exatamente o que agora acontece com Jair Messias Bolsonaro, o “repeteco” de um script que menino, assisti em 1961.

Contudo

Bolsonaro sabe que o Congresso Nacional, mesmo que uno, mas sozinho, não consegue derrubar um presidente da República, até porque esteve por 28 anos lá, nem mesmo se estiver mancomunado com o Poder Judiciário e o Ministério Público.

Quem derruba um presidente da República

É uma coalizão de forças conjugadas, políticas, tendo nos bastidores setores do Poder Judiciário e do Ministério Público, apoiadas no poder que manda, corporativo e econômico, tendo por subalterna a imprensa e a grande mídia, e o braço armado em setores fortes e de comando nas Forças Armadas.

De feita

Que se estas forças conjugadas em surdinas palacianas considerarem que não há razão suficiente para submeter Bolsonaro a um impeachment, mesmo que cassem o mandato do senador Flávio Bolsonaro e o prendam em seguida, não vislumbrando o ato de renúncia, em breve, se urdirá um atentado, exatamente para impedir a marcha de reformas institucionais profundas, tão ambicionadas pelo Povo brasileiro e por Jair Messias Bolsonaro.

Contudo

Quem me lê atente bem para a mão que empunhará a arma, pois que será mão conhecida, próxima a Bolsonaro, e não será, de certo, uma mão esquerda”, finaliza Carvalhosa.

Nêumane: Bagunça institucional à brasileirav Maia, Paulinho e Valdemar chefiam assalto do Centrão à pauta da Câmara para evitar que Bolsonaro cumpra compromissos com eleitores e, assim, perca fôlego na corrida para eventual reeleição em 2022.

O Centrão quer alijar

O presidente Jair Bolsonaro da iniciativa das pautas do governo a serem discutidas pelo Congresso, impedindo que ele cumpra seus compromissos com o cidadão, como na transferência do Coaf da Justiça para a Economia e na votação da extinção de ministérios.

Enquanto isso

Deixa de cumprir sua tarefa precípua de legislar, deixando um vazio preenchido por um STF com volúpia de poder. É uma bagunça institucional que faz o velho Montesquieu remexer os ossos no túmulo, pois, em teoria, o sistema de governo no Brasil prevê três Poderes, cada um especificamente com sua função.

Como lembrou

A professora Graziele Guioti em entrevista com Humberto Dantas para Emanuel Bomfim, no podcast Estadão Notícias, o autor da gestão tripartite na democracia, exige também de Legislativo e Judiciário base social para governar. Ao contrário do que acontece no Brasil hoje, só o Executivo dispõe desse alicerce. Cada poder no Brasil é incapaz de cobrir sua área e invade as dos outros.

Problema não é só a política, Bolsonaro

Presidente disse a empresários do Rio que o problema do Brasil é classe política, mas ela não é a única beneficiária de corrupção e privilégios: há ainda capitalistas, ministros de tribunais, marajás do serviço público, etc.

O presidente Jair Bolsonaro disse na Firjan

No Rio de Janeiro, que o problema do Brasil é a classe política. Trata-se de mais uma generalização, e equivocada. Folgo vê-lo fazendo autocrítica, não só por ter sido político 30 anos e nunca ter percebido isso e também por ter estimulado os três filhos mais velhos a sê-lo.

Mas isso não invalida o fato

De que os empresários também causam problemas ao Brasil, entre os quais os que ele agradava com esse discurso. E, além deles, os marajás do serviço público e outros beneficiários de privilégios que o povo brasileiro sofre para pagar e dos quais não usufrui.

E ainda

Os ministros dos altos tribunais da Justiça brasileira, que é incompetente, lerda e conivente com os bandidos. Ele foi eleito e diz que quer trabalhar para eliminar esse problema. Então, que o faça. Estamos esperando. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.

Povo na rua não fecha Congresso

Bolsonaro chegou à chefia do Executivo pela força do voto popular, mas manifestação do povo na rua, por mais espetacular que seja, não tem poder para por Legislativo e Judiciário sob seus exclusivos controle e comando.

O alerta

Que a deputada estadual paulista Janaína Paschoal está dando a seu partido sobre a manifestação marcada para o próximo domingo (26 de maio) é, ao mesmo tempo, corajosa e sensata. A preocupação que ela tem é baseada no conhecimento da História.

Não há no Brasil

Registro da ruptura de instituições do Estado de Direito provocada pelas ruas, mas apenas por conspiração das cúpulas políticas e das armas. Bolsonaro conseguiu a chefia do Executivo pela força do voto e protestos contra Congresso e STF não mudarão em nada a autonomia dos três Poderes, garantida na Constituição.

Fora do assunto: Erlane Lacerda

Sim, o desempenho de Janaina soa como musica boa aos ouvidos da imprensa que já perde credibilidade com a sociedade de fato. O que o povo quer não é romper as instituições e sim fazê-las cumprir seu real papel par o fim as quais foram instituídas. Nós queremos que as decisões do congresso venham de encontro ao beneficio da sociedade e que o STF não legisle e livre os Bandidos da cadeia trabalhando assim contra a população.

Aldo Pavanello

O povo sim tem poder de fechar qualquer pocilga, seja o STF ou o Congresso Nacional. Sr. José Nêumane, equivocado esta sua interpretação. Vejamos: O povo nas ruas obteve as diretas já, o impeachtman de Collor, de Dilma, e o mais importante: elegemos o presidente Bolsonaro.

Wilson Demetrio

O que da legitimidade a qualquer político seja ele do Legislativo ou do Executivo é a consonância de seus projetos com a vontade popular. Na medida em que ele, ao longo do mandado se desvia daquilo que prometeu na campanha, ele se deslegitimou, ficou distante de suas promessas. Assim está Bolsonaro e a maioria dos congressistas. As urnas mandaram um recado bastante claro a esses políticos, porem eles ou não entenderam ou por pura incapacidade política, como é o caso de Bolsonaro, não conseguem atender ao que prometeram. Precisamos de uma reforma política que nos garanta o parlamentarismo!

Caius Justus

Quem faz reforma política ...são os políticos! Acham que darão tiro no pé? Reforma política... só a força, entendeu? Muita força... e algumas pauladas na cabeça. Na boa vontade... NUNCA!

fafandra

Não se precisa mudar um único parlamentar para se salvar o país. Basta que a maioria deles entenda que no tribunal dos aeroportos não há recurso nem liminar e que esse mesmo povo vai linchar alguns e reeleger outros.

Celson Gomes Hubner Junior

O problema maior é que políticos a frente do Legislativo são velhos políticos voltados ao toma lá da cá e o povo que se exploda. O povo está cansado de tanta corrupção e roubalheira; o centrão vive da política, locupletando-se com a propina e o cidadão comum morrendo nas ruas por falta de emprego, educação, saúde e falta de segurança. Se falta dinheiro no orçamento tire os super salários dos políticos, dos marajás, de todos os ministérios menos do nosso sofrido povo. Dia 26 de maio estarei nas ruas sim em frente ao Congresso.

Pra não dizer que não falei das flores

Ou dos espinhos? Um ex-vereador anda por ai fazendo ameaças de dar entrevista bombástica, de comprar um revolver, uma metralhadora, porque canhão ele já tem (rsrs). Quem quer faz, não anuncia. Se a tal entrevista não saiu, alguém deve ter pagado a parcela do buzão.

Bom dia!