Sábado, 27 abril 2024
 
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Tempo é dinheiro - 5 investimentos de curtíssimo prazo

“O mais importante no CDB é que tenha uma rentabilidade igual ou maior de 100% do CDI. E com essa condição, ele se torna sem dúvida, muito mais rentável”, afirma André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor

Investir é e sempre será uma ótima alternativa para aumentar o patrimônio. Existem diversas opções de aplicações, e elas variam em graus de risco, em duração e em rentabilidade. Porém, em algumas situações pode ser que você tenha pressa em obter lucro. Como sabemos que tempo é dinheiro, há grandes chances de que você queira escolher investimentos que tragam algum retorno a curto prazo. Pode parecer simples, mas investimentos de curto prazo carecem de organização e planejamento tanto quanto os de longo prazo.

Como para qualquer aplicação, é importante que o investidor esteja atento a algumas questões — é preciso, por exemplo, que ele tenha um bom domínio das suas finanças. Isso significa saber bem quais são as suas despesas e o quanto de dinheiro ele dispõe para fazer esses investimentos. Outra questão é em relação ao significado decurto prazo. É importante entender que os investimentos de curto prazo têm a disponibilidade do recurso caso o investidor precise deste dinheiro para outras necessidades. No curto prazo, já rendem a partir do primeiro dia e o investidor já sabe o que esperar desse investimento. “É interessante que o investidor saiba analisar as características da aplicação: sempre busque pelos que oferecem grande liquidez e baixo custo de operação”, explica André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor.

Confira abaixo os 5 principais tipos de investimentos de curto prazo, criados por André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor:

1. Investimento em LCI - Letras de Crédito Imobiliário (LCI), corresponde a um investimento que é convertido em créditos para o financiamento de imóveis. Esses créditos são oferecidos pelas instituições financeiras e o investimento é isento do imposto de renda — ele é bastante seguro, já que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) se responsabiliza pelas eventuais perdas. Os títulos LCI têm liquidez que variam entre 3 e 24 meses. Contudo, apesar de ser uma boa alternativa a curto prazo, eles rendem melhor quando há pouca liquidez — ou seja, a longo prazo. Nesse contexto, alguns LCI podem ter uma liquidez não tão imediata, fique atento.

2. Investimento em CDB - Os Certificados de Depósitos Bancários são uma opção também a curto prazo. Eles são seguros e, se comparados com a poupança, rendem muito mais. Como os LCI, eles são garantidos pelo FGC no caso de investimentos de até R$ 250 mil. Nesse caso, é interessante que o investidor escolha títulos que paguem o total do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Infelizmente, não é costume dos grandes bancos pagar o total antes dos 3 anos de aplicação. Para um bom aproveitamento, é melhor comprar títulos de instituições de menor porte. Escolha CDBs cuja liquidez é diária ou que tenham pouca carência. Fique atento: é preciso pagar o IR e a variação depende do tempo de resgate da liquidez. Se esta for menor que 180 dias, o desconto é de 22,5%, se forem feitos saques entre 181 e 360 dias, o desconto é de 20%. Caso você resgate valores entre 361 e 720 dias, a taxa é de 17,5% e, acima de 720 dias, 15%.

3. Fundos de Renda Fixa Referenciados DI - Os Fundos DI têm relação direta com o CDI e também com a taxa Selic. Nesse contexto, eles estão na categoria de pós-fixado, o que significa que eles aumentam ou diminuem a rentabilidade de acordo com o comportamento da Selic. O mais importante é que a taxa de operação desse investimento não seja maior do que 0,5% ao ano — caso contrário, ele não é um título rentável. A remuneração também deve ser maior do que 100% do CDI. Eles não são fundos com uma garantia de rentabilidade, o que exige do investidor uma atenção maior em relação a quanto o banco pagará sobre a CDI. Porém, para contrapor essa imprecisão, eles são obrigados a garantir 95% de seus ativos com CDI, o que faz com que sua rentabilidade seja mais estável. O grande ponto desse investimento é que a sua liquidez é muito rápida, tanto que o resgate pode ser feito a qualquer momento.

4. Tesouro Selic - O famoso Tesouro LFT é mais um dos títulos cuja remuneração é ligada à taxa Selic — tanto que muitas vezes ele é denominado por ela. Por definição, o Tesouro Selic é um título oferecido pelo governo para quitar as suas despesas. O tesouro entra na categoria de investimento pós-fixado e o seu rendimento pode ser diário. O IR também é cobrado nos títulos do tesouro direto e ainda é preciso pagar uma taxa de 0,3% ao ano. Todavia, eles valem muito mais a pena se comparados com a poupança. Especialmente se a intenção é investir mais de R$ 50 mil e resgatar os rendimentos seis meses depois.

5. Fundos de renda fixa atrelados ao CDI - Mais um do grupo de investimentos pós-fixados, esses fundos variam de acordo com o CDI e também com a taxa Selic. Aqui, o mais importante é que a taxa de administração não seja maior que 1% ao ano. Com essa condição, ele se torna sem dúvidas, muito mais rentável. A remuneração sempre deve ser maior que o total da CDI. Além do CDB e do LCI que comentamos acima, você também encontra os títulos LCA, que estão ligados ao financiamento para o Agronegócio. Todos eles usam o CDI como referência para a sua rentabilidade, assim como os Debêntures e até alguns títulos do tesouro direto. No entanto, vale destacar que você deve prestar atenção ao tamanho da carência desses investimentos, pois menos liquidez e maiores taxas de retorno garantem que eles valham a pena no curto prazo.

Sobre André Bona - André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a melhorar a rentabilidade de seus ativos. Durante anos, foi sócio da Valor Investimentos, uma das maiores empresas de assessoria de investimentos no país.

Atualmente, como um dos educadores financeiros mais conhecidos do país, chegando aos 100 mil inscritos no seu canal no YouTube. É criador do método “O Investimento Perfeito”, cuja filosofia e diferencial constam no fato de que as decisões de investimento são tomadas em função de projetos pessoais de cada um.

Sobre o Blog de Valor - Criado em 2011 com a iniciativa de André Bona, o Blog de Valor, tem como missão contribuir para que as decisões financeiras de seus leitores se tornem cada vez mais conscientes, trazendo melhor qualidade de vida financeira através de uma linguagem simples e direta.

Em 2012 iniciou o canal de vídeos na internet e em 2015 foi convidado para participar do programa de desenvolvimento do Youtube, com executivos da sede da empresa no Califórnia - USA. A sua produção educacional tem sempre como finalidade auxiliar pessoas e famílias a compreender melhor o mercado financeiro, por meio de conteúdos de fácil linguagem. Hoje seu canal possui mais de 100 mil inscritos e sua página no Facebook possui mais de 90 mil seguidores. Além disso, outros 130 mil leitores recebem newsletter do blog por e-mail semanalmente.