Sexta-feira, 29 mar 2024
 
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Empregada que matou a professora Célia Amorim vai a júri popular

Defesa diz que acusada agiu em legítima defesa

Andradina - A empregada doméstica Andreza de Oliveira Cruz, 37, acusada de matar a patroa, a professora Célia Regina Baptista Amorim, 57, em 16 de fevereiro do ano passado na cidade de Andradina, foi pronunciada a Júri Popular por crime de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel).

No entanto, antes que isso ocorra, o TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) precisará julgar recurso protocolado pela defesa de Andreza contra a decisão que a levou ao Tribunal do Júri. Não há prazo para que isso ocorra.

O crime foi um dos mais graves ocorridos no ano passado no município. Célia Baptista era esposa do médico Flávio Amorim, ex-vice prefeito e ex-vereador em Andradina, casados há 34 anos.

Consta no processo que a vítima flagrou a empregada usando drogas (crack) em um cômodo no quintal da residência. As duas mulheres começaram a discutir e em seguida a empregada matou a professora com vários golpes de martelo na cabeça. A patroa morreu no local.

A empregada então apanhou cerca de R$ 5 mil em dinheiro, jóias e um revólver calibre 38 e foi embora. Andressa foi presa pela Polícia Militar quando andava próximo do assentamento Timboré, na zona rural de Andradina. A intenção dela, segundo a PM, era conseguir uma carona para deixar a cidade.

A advogada que defende a acusada, Renata Marques da Silva Araújo, explicou à reportagem do O Liberal Regional que entrou com recurso no TJ por entender que a cliente não agiu com a motivação de matar a vítima, e sim, em legítima defesa.

Entretanto, se os desembargadores não concordarem com essa tese, e mantiverem o júri popular, a advogada pediu no recurso que as qualificadoras (motivo fútil e meio cruel) sejam afastadas e que ela responda somente por homicídio simples. "Sem as qualificadoras, a pena, numa eventual condenação, seria menor", falou.

Andreza Cruz foi presa na mesma semana do assassinato pela Polícia Militar. Ela aguarda julgamento no presídio feminino em Tupi Paulista, na região de Presidente Prudente. Quando matou a patroa, a doméstica estava grávida. Ela deu à luz um menino, chamado Abner.

Nota da Redação

A vítima tinha três filhos com o médico Dr. Flávio Amorim e duas netas. Dr. Flávio chegou do trabalho e encontrou a esposa já morta e irreconhecível pela quantidade de marteladas na cabeça e rosto.