Sexta-feira, 26 abril 2024
 
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Equívocos do PT destroçaram a economia e minaram milhões de empregos, alertam tucanos

(Foto: Alexssandro Loyola)

Os equívocos da política econômica praticada pelo PT levaram o Brasil a um cenário de crise com uma nação de desempregados. Dados divulgados pelo IBGE mostram que em 2016 o número de desempregados chegou a 12,5 milhões de pessoas. O ano fechou com média de 11,5% da população sem trabalho, sendo que no último trimestre esse número chegou a 12%.

Deputados do PSDB atribuem a responsabilidade por essa calamidade social aos irresponsáveis governos petistas, que afundaram a economia nacional. Os tucanos defendem as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo Temer e destacam a necessidade de reformas.

A deputada Yeda Crusius (RS) afirma que, durante anos, a economia foi perversa. Nos governos do PT houve uma realidade camuflada, que não podia mais ser sustentada. Quando Dilma Rousseff foi afastada, em maio do ano passado, a taxa de desempregados já estava em 11,2%. Economista, Yeda explica que nada na economia acontece do dia para a noite. Os efeitos dos erros das gestões passadas continuam aparecendo e ainda levará um tempo para que os empregos e a renda sejam retomados.

“A economia é dinâmica. Ela tem um movimento, um compasso que não dá para mudar da noite para o dia. Estamos pagando muito caro por uma política econômica perversa, desacreditada, e, principalmente, não inteligente. Foi uma política imposta como se a realidade fosse outra, mas agora ela se mostra como é”, aponta a tucana.

Segundo a deputada, o maior indicador da perversidade da política econômica petista é a taxa de desemprego, que, segundo ela, cresce a cada mês. “Sem dúvidas, houve um período de festança em que a renda cresceu superficialmente. Quem mais está pagando agora são esses desempregados. Chegou a hora da realidade e, nessa realidade, a renda também caiu”, observou.

Yeda destaca que o mercado tem uma grande expectativa de que as coisas melhorem e isso vai acontecer, já que a economia funciona de maneira cíclica. No entanto, vai ser preciso algum tempo até que os efeitos das medidas tomadas pelo governo possam ser sentidas pelos trabalhadores, com a reabertura de vagas de emprego e melhoria da renda.

Apesar de toda a sociedade saber que a derrocada da economia ocorreu, de forma mais aguda, nos últimos anos do governo Dilma, parlamentares petistas fingem desconhecer a realidade e tentam atribuir a má fase do momento a um suposto “arrocho” do governo Temer. A verdade é que em economia não se muda o ambiente de um dia para o outro. O que acontece agora é resultado de uma série de equívocos cometidos anteriormente.

Com o PT, a ideia era de que o Estado podia resolver tudo, a liberdade econômica deveria ser limitada, a gastança não tinha controle e setores específicos deveriam ser privilegiados em detrimento de outros. Só as empresas do agora presidiário Eike Batista receberam R$ 10 bilhões de financiamento dos governos petistas, como lembrou na terça-feira o comentarista do Jornal da Globo Carlos Alberto Sardenberg.

Deputados petistas enchem a boca para dizer que “todos os indicadores mostram que o ‘golpe’ de 2016 arruinou o país”. Mas omitem que entre a reeleição e o impeachment de Dilma, nada menos que 5 milhões de brasileiros perderam seus empregos e que, desde então, foram mais 700 mil.

Para este ano, são esperadas novas perdas de postos de trabalho. Economistas avaliam que a taxa de desemprego pode atingir 13% no meio do ano. No final de 2017, porém, deve começar a reação para o trabalhador, com o surgimento de novas vagas. Para o deputado Pedro Cunha Lima (PB), esse cenário não será solucionado sem profundas alterações e reformas na política econômica do país.

“O problema econômico não tem uma solução simples, pronta e acabada. Se nós deixarmos as coisas como estão, elas só vão piorar. Então a solução é aguardar e continuar com essa agenda de enfrentamento de temas que são utilizados em uma retórica que não se sustenta mais, que fica em um discurso vazio, e tentar tirar o nosso país desse buraco”, declarou.

Dados divulgados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) indicam que o contingente de pessoas ocupadas em setores importantes da economia brasileira caiu no trimestre móvel de outubro a dezembro de 2016. Também foi identificada retração em setores como o da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais.

Apesar do alto patamar de desemprego, Pedro Cunha Lima acredita que, em uma questão de tempo, o país voltará a crescer e gerar novos postos de trabalho a partir das providências já tomadas pelo governo federal e da aprovação de reformas na Previdência e nas leis trabalhistas pelo Congresso.

“Não tem como imaginar uma mudança do atual diagnóstico sem as reformas que precisamos enfrentar. Eu vejo esses números com preocupação, mas me apego e vibro com o que estamos conseguindo fazer nesse regime de reformas”, destacou o tucano.

No setor privado, o Brasil perdeu 1,4 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. O contingente de pessoas nesse grupo até o fim do ano passado era de pouco mais de 34 milhões.