Quarta-feira, 13 nov 2024
 
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Artigo:Cidadania puxa orelha do prefeito

Castilho - Ninguém jamais tinha visto o prefeito de Castilho falar daquele jeito. Então o pampeiro dessa semana serviu para tirar o chefe do executivo da toca. Mesmo porque desde sua posse, Antônio Ribeiro vem se mantendo distante do aprofundamento de qualquer assunto.

Além disso, as indefinições de seu governo ou até mesmo a ausência de um estilo, abriu espaço para assessores tomarem conta da geografia e tomar decisões que deveriam ser do Chefe do Executivo.

O vice-prefeito Pedro Boaventura apresentou a ruptura que existe entre as propostas feitas durante a campanha e as práticas da administração. São incoerentes, na sua opinião.

O governo participativo, segundo Boaventura, se resumiu a metade de meia dúzia de assessores. Pedro disse ter deixado o departamento Agrícola porque não viu prioridade da administração para aquele setor.

“Sem veículo, sequer para levar os tratoristas até o campo; sem viatura para agrônomos e veterinários; sem internet, sem computadores; o próprio diretor do departamento andando à pé e ainda tendo que pedir licença para ser atendido somente pelos assessores? E o Programa Município Verde, tem gente habilitada no ramo para dirigir, ou estamos apenas premiando uma boa pessoa com um cargo?”

Para Boaventura os movimentos populares estão oferecendo uma chance para o prefeito fazer uma boa administração, pois estão sendo feitas propostas concretas e bem intencionadas. “Dizem que não há dinheiro, mas também não tinha e foi feito um carnaval no começo da administração”, disse Boaventura.

Se a impressão de um governo democrático e participativo estivesse do conhecimento do povo, aquela manifestação da última quarta feira não teria acontecido e muito menos teria encontrado na primeira dama, um subterfúgio para a esperança de que as coisas mudem.

Desinformação ou omissão?

Na audiência pública, o prefeito provou estar desinformado de sua gestão. Os fatos são tão graves que poderia se suspeitar da omissão. Os representantes dos movimentos populares disseram haver ordens para não se levar água para os assentamentos. O prefeito disse desconhecer. E isso é muito grave. O povo disse que não há remédio para todo mundo e que havia ordem para cortar o fornecimento. O prefeito desmentiu e disse que não era verdade.

Foi dito que o povo ouviu da assessoria, ordens para evitar as viagens de ambulância até a zona rural. O prefeito falou que não era verdade. Disseram então que o caminhão não leva água para alguns acampamentos e assentamentos e o prefeito disse que o problema seria resolvido com a compra de outro caminhão, já nos próximos dias.

Então, o que está acontecendo?

A proposta do Fórum da Cidadania é uma salvação para o prefeito que quer acertar o passo com o povo. Mas se na próxima segunda-feira sair uma lista de demissão, incluindo todos os integrantes da coligação por parte do PT, então irá se entender que de fato o governo de Antônio Ribeiro quer ser autoritário, prepotente e incompetente.